sábado, 2 de julho de 2011

ITAMAR FRANCO MORRE EM SÃO PAULO AOS 81 ANOS

Imagem Renato Araujo - ABr
O ex-presidente da República, senador Itamar Franco (PPS), 81 anos, morreu, hoje 10h15min, em São Paulo. Ele estava internado desde o dia 21 de maio no Hospital Albert Einstein para tratamento de uma leucemia. Segundo o hospital, o tratamento quimioterápico contra a leucemia surtiu efeito, mas, posteriormente, o senador contraiu uma pneumonia. 


O último boletim médico, divulgado ontem pelo hospital, informava que o estado de saúde do senador era grave e que ele continuava internado na unidade de terapia intensiva (UTI), necessitando de ajuda mecânica para respirar.


Itamar Franco nasceu em 28 de junho de 1930 e chegou à Presidência da República em 1992, após a renúncia de Fernando Collor de Mello, envolvido em denúncias de corrupção. O senador, que exercia atualmente a vice-presidência do PPS, foi também governador de Minas Gerais e prefeito de Juiz de Fora.


Velório em Juiz de Fora e Belo Horizonte   


O ex-presidente e senador Itamar Franco (PPS-MG), 81 anos, que morreu hoje em São Paulo, será velado nas cidades mineiras de Juiz de Fora e Belo Horizonte. Os detalhes do velório e do enterro ainda estão sendo definidos pela família e por amigos. As informações são da assessoria de imprensa.

O corpo de Itamar será transportado ainda hoje de São Paulo para Juiz de Fora. O ex-presidente morreu pouco antes das 11 horas, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Desde o dia 21 de maio, ele estava internado para tratamento de leucemia.

O estado de saúde de Itamar piorou ontem quando ele passou a respirar com a ajuda de aparelhos. Nesta semana, o senador foi internado na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein.

INFLAÇÃO DO PLANO REAL SOMA 286,63% EM 17 ANOS

Vendida a R$ 67,40 em julho de 1994 na capital paulista, a cesta básica hoje sai por R$ 272,98. Há 17 anos, consumir 1 quilo (kg) de pão custava R$ 2,02 no Rio de Janeiro. Atualmente, a mesma quantidade sai por R$ 7,03. De R$ 0,43, também em julho de 1994, 1 kg de tomate saltou para R$ 2,26 em Recife. A moeda que nasceu para estabilizar a economia também sente o peso de inflação.

Desde o lançamento do real até hoje (1º), quando o plano econômico que leva o mesmo nome completa 17 anos, a inflação acumulada é de 286,63%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial. Pelo Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), da Fundação Getulio Vargas (FGV), a alta nos preços foi ainda maior: 403,49%.

Longe de representar hiperinflação, quando os índices chegaram a atingir 80% ao mês até superarem os 1.000% anuais no início da década de 90, a inflação acumulada nos últimos 17 anos é muito mais reflexo de oscilações momentâneas do que resultado da perda de poder de compra do dinheiro. Isso porque as perdas ao longo dos anos foram, na maioria das vezes, compensadas com aumento nos salários.

Essas reposições beneficiaram as classes mais baixas. O salário mínimo, que era R$ 64,79 em julho de 2004, hoje está em R$ 545. Para 2012, dependendo do índice da inflação deste ano, o valor do mínimo pode chegar a R$ 620. Em termos reais, descontada a inflação, os ganhos somaram 67%, segundo o IGP-M.

Apesar dos choques internacionais de preços nos últimos dois anos, as estatísticas mostram que a inflação para os alimentos está abaixo da média. De acordo com o IPCA, os preços do grupo alimentação e bebidas subiram 243,79% desde julho de 1994. Os vilões do Plano Real foram os preços administrados, como tarifas de telefones e de energia, que subiram acima da inflação média ao longo do Plano Real.

No grupo comunicação, o reajuste acumulado em 17 anos chega a 700,70%, o que representa preços quase oito vezes mais altos. O preço dos combustíveis domésticos, como gás de cozinha, saltou 790,36%.