Uma comissão formada por representantes de empresas estatais chinesas Shichuan e Chegda foi recebida pelo governador Roberto Requião nesta quarta-feira (9). O grupo pretende se instalar no Paraná para atender ao mercado brasileiro. “O Brasil precisa de uréia e de adubos, estamos fazendo tudo para viabilizar a construção de uma grande usina de uréia e de uma fábrica de fertilizantes em nosso Estado”, afirmou o governador.
De acordo com Requião, as fábricas brasileiras destes insumos agrícolas foram privatizadas há alguns anos e hoje Brasil e Paraná dependem das multinacionais. “Nossa agricultura está sofrendo muito pelo preço, pelos abusos e pela falta”, explicou. “Agora, dois grupos chineses se propõem a viabilizar parcerias aqui no Paraná para produção de uréia e adubos químicos, e nós abrimos as negociações sob o patrocínio do Estado do Paraná. Vamos conversar com as cooperativas, com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e com o Governo Federal”, adiantou o governador.
Segundo Lin Juan Carlos, integrante da comissão chinesa, a proposta dos grupos representa um investimento de aproximadamente US$ 350 milhões, com período de construção de dois a três anos. Ainda de acordo com ele, a pretensão é que a fábrica tenha capacidade de produção de 200 mil toneladas de amoníaco e 300 mil toneladas de uréia por ano e fertilizantes após a obtenção destes produtos.
Segundo Requião, as fábricas deverão ser construídas na Região Metropolitana de Curitiba. “Além destas unidades produtivas, nós precisamos de espaço para indústrias que se formam a partir da produção destes insumos”, disse. Durante a visita da comitiva, Requião contou que o Paraná é pioneiro nas negociações com a China ao longo dos últimos 30 anos.
Participaram da reunião com o grupo chinês o secretário especial Luiz Mussi; o secretário de Planejamento, Ênio Vêrri; o secretário chefe de Gabinete, Carlos Moreira; o diretor-presidente da Companhia Paranaense de Gás (Compagás), Luiz Carlos Meinert; e o presidente do Consórcio Nacional Cooperativo (Coonagro), Frans Borg, e seu diretor-executivo Daniel Fontes Dias.
Fonte: AENotícias
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