O Ministério dos Transportes participará, amanhã, na Universidade Estadual de Maringá (UEM), do encontro coordenado pela Ferroeste reunindo prefeituras de 13 municípios que podem se beneficiar com a reativação de um trem de passageiros no ramal ferroviário que liga Londrina a Maringá. O Governo Federal será representado pelo diretor do Departamento de Relações Institucionais da Secretaria de Política Nacional de Transportes (SPNT), Afonso Carneiro Filho, coordenador do programa de implantação de trens regionais de passageiros em várias regiões do País.
Afonso Carneiro Filho afirma que as ferrovias, além do aspecto de cargas, devem ser levadas em conta como alternativa para o transporte de passageiros. Entretanto, “o usuário não tem se beneficiado diretamente” dos investimentos no setor, disse ele. O programa dos trens regionais, explicou, tem como “mote” colocar a ferrovia “para atender o cidadão e permitir que possa se locomover e levar suas mercadorias”. Estudos para reativar o transporte de passageiros na ferrovia Caxias-Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, já estão adiantados, informa o diretor da SPNT.
A reunião é conseqüência de iniciativa do governador Roberto Requião em encaminhar ao presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, a manifestação de um cidadão londrinense em defesa da aceleração do trem. Gomes esteve dia 19, em Brasília, no Ministério dos Transportes, quando foi acertada a realização da reunião nesta quarta-feira, em Maringá.
Para o presidente da Ferroeste, “a união do governo do Estado, das prefeituras, das universidades e de toda a sociedade da região em torno do trem de passageiros entre Londrina e Maringá, que apresenta claros elementos de viabilidade, é o fator que definirá o êxito do movimento em favor de sua implantação. O Paraná tem a vantagem de contar com uma empresa ferroviária do Estado, a Ferroeste, para colaborar para o êxito do projeto.
PREFEITOS - O prefeito de Rolândia, Johny Lehmann, que confirmou presença na reunião, disse que está ligando pessoalmente para os prefeitos da região metropolitana de Londrina para garantir o maior número de participantes no encontro. “É de vital importância fazer o esforço que for necessário para restabelecer o trem de passageiros entre Londrina e Maringá”, justifica.
A implantação do “trem pé-vermelho” para o transporte de passageiros, unindo Norte e Noroeste paranaense, já ligados por linha férrea, vai beneficiar os seguintes municípios: Ibiporã, Londrina, Cambé, Rolândia, Arapongas, Apucarana, Cambira, Jandaia do Sul, Mandaguari, Marialva, Sarandi, Maringá e Paiçandu.
O estudo realizado pela área de pós-graduação de engenharia da UFRJ aponta a existência de nove trechos viáveis, em todo o Brasil. Um dos mais promissores, segundo o estudo, é o que liga Londrina-Maringá. A região, diz o estudo, “possui um padrão de desenvolvimento social e econômico dos mais elevados do país”.
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