Jade de Araújo disse que presenciou toda a ação do criminoso e que ficou assustada e com muito medo. A turma dela, cuja sala fica no segundo andar do prédio, fazia prova de ciências na hora que os tiros começaram. “Vieram duas meninas falando pra gente sair da sala e subir para o terceiro andar, senão ele ia matar a gente. Saiu um pisoteando o outro e, no terceiro andar, já tinha muita gente agonizando. Ele gritava: vou matar vocês, vou matar vocês. E as crianças gritavam: não me mata, não me mata”.
A mãe de Jade, Lúcia Ramos, que mandou o irmão, de 17 anos, buscar a menina na escola assim que soube do ocorrido, estava assustada e com medo de manter os filhos na escola onde o massacre ocorreu. “Por mim nem mandaria as crianças para a escola de novo”, desabafou.
Felipe Luiz, pai de um aluno de 14 anos, esteve no local e disse que foi “uma visão tenebrosa”. Morador da mesma rua da Escola Municipal Tasso da Silveira, afirmou que estava em casa quando ouviu os tiros e que ao entrar na escola se deparou com uma cena de terror chegando a sentir uma dor no estômago. “Vi crianças baleadas, ensanguentadas. Não dá para explicar porque um sujeito vem até aqui e atira em crianças. Aqui é uma região tranquila. O colégio é bom e tem uma certa segurança”.
Felipe Luiz foi um dos primeiros a ajudar no socorro das vítimas. “Os bombeiros chegaram rápido e trabalharam muito bem”, disse. ABr
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