Poucas lojas do centro apresentam decoração natalina.
Faltando um mês para o Natal 2009 a cidade ainda está com as noites escuras e tristes. O comércio londrinense não conseguiu, passados 12 anos, reeditar a extraordinária festa de luzes do LondriNatal. Foi uma promoção simples, sem projetos grandiosos, movida pelo espírito de solidariedade dessa gente que cultiva amizade.
Nos anos 1995/1996, bastaram os pedidos do presidente da Associação Comercial, imobiliarista Francisco Negri, para que os londrinenses colorissem a cidade. Foram duas festas espontâneas, quase sem investimentos. O LondriNatal ganhou ares de um extraordinário festival de luzes, onde os artistas eram os próprios moradores.
Cada um, dentro da sua capacidade, procurava colocar uma luz na festa do LondriNatal. Virou uma corrente maravilhosa, desde a modesta casa do bairro ao prédio mais sofisticado. As cores de milhares de pequenas lâmpadas iluminaram Londrina, ganharam os moradores de outras cidades e foram vistas nas imagens das tevês e jornais mundo a fora.
O LondriNatal foi um evento de generosidade, estimulado por um homem simples, um verdadeiro pé-vermelho. Ninguém quis ser dono da festa, que acabou abraçada com carinho e satisfação pelo londrinense.
Uma pena que os sucessores de Negri, salvo rara exceção, tenham, por ciúmes, partidarizado a festa, afastando os londrinenses, únicos e verdadeiros produtores do LondriNatal, dos seus melhores e inesquecíveis momentos. Conseguiram, sem nenhum pejo, acabar com a única comemoração que mobilizava espontâneamente as famílias na construção da imagem de paz e amor da cidade.
A escuridão provoca tristeza, a luz traz alegria. Londrina poderia estar mergulhada hoje em seus 70 anos de merecidas luzes natalinas. O exemplo deixado por Francisco Negri precisa de seguidores, ainda que o LondriNatal seja reeditado depois de 12 longos anos.
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