As chuvas constantes e as últimas tempestades têm mantido os rios e as represas com volume de água bem acima da média para o mês de outubro no Norte do Paraná. Ontem, segunda-feira, Londrina registrou 63,0 mm de chuva até o meio-dia, mas o aguaceiro seguiu até o final da tarde, aumentando ainda mais a quantidade de água. No mês, o solo londrinense já recebeu 276,1 mm de chuva, segundo os dados do INMET.
Em Paranavaí, por exemplo, caiu um dilúvio pela manhã. O índice pluviométrico passou dos 100,0 mm. As ruas ficaram inundadas e os rios transbordaram com a chuvarada, que depois passou por Londrina e seguiu para o Estado de São Paulo. O fenômeno El Ninho continua mandando chuva para o Norte do Paraná, transportada pelas nuvens da Amazônia, que descem por uma enorme via aérea.
Com tanta água, o lago Igapó, construído pelo prefeito Antonio Fernandes Sobrinho no final da década de 50, está lotado. Não tem espaço para mais nada. A sua barragem principal virou, como disse um popular, Cataratas do Iguaçu em miniatura. Mas bem que tem muita gente tem parando na avenida Harry Prochet para admirar a água escorrer pelos vertedouros.
Tanta água que até inundou a várzea do Cambezinho no fundo de vale da antiga Cativa, abaixo do lago. As águas do pequeno rio que nasce atrás do Parque Ney Braga, na divisa de Londrina com Cambé, descem até o rio Três Bocas, que, finalmente, deságua no longo e caudaloso Tibagi. Tudo isso, para contribuir com a cheia que já ocupa uma extensa área no imenso vale.
Não é a primeira vez que as águas do rio Tibagi ameçam cobrir as pontes - ferroviária e rodoviária - em Jataizinho. E com certeza não será a última, pois o tempo da natureza é muito diferente daquele que o homem inventou e pendurou na parede para lembrar o dia, o mês e o ano.
Veja a tabela com os índices de chuva, ontem, no Paraná, segundo o SIMEPAR, que vem se destacando pela qualidade de informações diárias.
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