Morreu nesta sexta-feira (25), aos 79 anos, o poeta, escritor e jornalista Walmor Marcellino. Militante contra a ditadura militar nas décadas de 70 e 80, Marcelino estava internado na Santa Casa de Misericórdia de Curitiba com problemas renais e cardíacos. “Walmor Marcelino foi um militante persistente, que nunca se desviou de seu caminho. Alguns o chamavam de fundamentalista, mas eu sempre entendi suas atitudes como integridade”, afirmou o governador Roberto Requião. Seu corpo será cremado neste sábado (26), às 9h. Ele foi casado duas vezes e teve quatro filhos, um deles já falecido. Nascido em Araranguá (SC), em 1930, morou em Florianópolis, Porto Alegre e fixou residência em Curitiba. Escritor com forte atuação política, publicou mais de 30 livros, entre poesia, ficção e textos de opinião. Na década de 70, participou do Centro Popular de Cultura em Curitiba, e de grupos de teatro da UFPR, sempre em oposição à ditadura militar. Preso político, nunca se furtou da crítica ao governo militar e das suas posições políticas. “Era um homem de extrema coragem e todos que lutaram pela democracia sabem o papel que teve este grande intelectual”, afirmou o advogado Geraldo Serathiuk, que o conheceu na década de 70, na Casa do Estudante. Marcellino trabalhou em diversos órgãos de comunicação, entre eles a Gazeta do Povo e o jornal Última Hora, e também na Assembleia Legislativa do Paraná e no Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
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