O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse, ontem, que alguns cafeicultores terão de mudar de ramo para ter renda. Baseado num relatório chamado Análise Estrutural da Cafeicultura Brasileira, elaborado por um grupo de trabalho formado por técnicos dos ministérios da Agricultura, Fazenda e do Planejamento e entidades do setor para nortear futuras tomadas de decisões do governo, ele informou que o Brasil é o único país com crescimento na produção de café arábica, graças ao aumento da produtividade, já que a área plantada se mantém constante. Ele disse que esses cafeicultores estão com custos de produção elevados e não conseguirão ter renda com os preços praticados no mercado. Segundo o ministro, o custo de produção de uma saca de café arábica de melhor qualidade, no país, chega a variar de R$ 240 a R$ 340, sendo que o preço mínimo oferecido atualmente é de cerca de R$ 260. O relatório mostra a transferência dos estoques mundiais de países produtores para consumidores. Além de liberar crédito no momento exato que os agricultores precisam, Stephanes disse que é preciso “estudar como avaliar as áreas de produção que não terão condições de continuar com a produção”. A notícia positiva aos cafeicultores é que, de acordo com o relatório, a partir de 2011 o consumo de café deve superar a produção, fazendo com que os estoques diminuam e o valor pago ao produtor se eleve. O Brasil é responsável por cerca de um terço dos 135 milhões de sacas de café produzidos no mundo. Depois, aparecem Vietnã, com metade da produção nacional, e a Colômbia, com cerca de um terço.
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