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sexta-feira, 8 de março de 2013

RODOVIA DO CAFÉ SERÁ DUPLICADA PARA PRESERVAR VIDAS




O governador Beto Richa anunciou o início da duplicação da BR-376, a Rodovia do Café, no trecho entre Ponta Grossa e Apucarana. O projeto de duplicação da estrada foi negociado pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná (Agepar) e a Concessionária CCR RodoNorte. A Rodovia do Café, no trecho Mauá da Serra-Ponta Grossa, é considerada a rodovia da morte, tantos os acidentes com vítimas fatais. A duplicação da rodovia vai significar a preservação de vidas. Imagem Orlando Kissner/ANPr

quarta-feira, 9 de junho de 2010

PESSUTI INSTALA GOVERNO EM LONDRINA

A interiorização do Governo do Estado chega, nesta quinta-feira (10), em Londrina. Na Escola de Governo, será assinado o ato oficial de descentralização da sede de governo, tornando Londrina a capital administrativa.

Serão entregues nove tratores solidários, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento; três ambulâncias, para o Corpo de Bombeiros de Bandeirantes, Santo Antônio da Platina e Ivaiporã; e um caminhão de combate a incêndio para Bela Vista do Paraíso. A homologação e autorização para construção de unidade de bombeiros, em Bandeirantes e Jacarezinho.

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, fala sobre o programa de combate ao consumo de crack.

sábado, 29 de maio de 2010

BRASIL ESTÁ INSATISFEITO COM TRATAMENTO A BRASILEIROS NO EXTERIOR


 
O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, disse hoje (29) que o Brasil está insatisfeito com o tratamento dado aos brasileiros por autoridades de imigração de outros países. A afirmação foi feita durante palestra sobre migração no 3 º Fórum Mundial da Aliança de Civilizações das Nações Unidas, que termina hoje no Rio de Janeiro.

Segundo o ministro, todos os dias cidadãos brasileiros “sofrem constrangimentos, maus-tratos e prisões” quando tentam ingressar ou ficar em outros países. Para ele, é preciso que esses países respeitem os brasileiros, assim como o Brasil respeita os imigrantes que procuram o país.

“O Brasil tem hoje uma política de imigração coerente com sua história, já que somos um país formado por migrações. Por isso, o Brasil respeita os imigrantes e tem leis que transmitem esse reconhecimento com um tratamento digno e adequado às pessoas que chegam ao nosso país. Ao dar esse tratamento, também temos exigido que os brasileiros sejam tratados da mesma forma lá fora.”

Para o ministro, mesmo quando burlam as regras de imigração de determinado país, os brasileiros não devem ser tratados como criminosos. “Ainda que haja uma burla à norma migratória, isso não é uma matéria do direito penal. É uma norma do direito administrativo e assim deve ser tratado.” Na opinião de Barreto, nesta década o mundo regrediu em relação às políticas de imigração. ABr

quinta-feira, 27 de maio de 2010

PESSUTI VAI INSTALAR GOVERNO EM LONDRINA DURANTE DOIS DIAS

O governador Orlando Pessuti vai instalar o Governo em Londrina no início de junho. Acompanhado pelos principais secretários de Estado e assessores, o governador Pessuti permanecerá na cidade nos dias 10 e 11 de junho. Serão atendidos prefeitos de várias Associações do Norte do Paraná. Os trabalhos do Governo itinerante serão realizados nas instalações da Universidade Estadual de Londrina. A agenda está sendo finalizada pela secretária Elza Correia.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

PAULO BERNARDO DIZ QUE RECEITAS DO GOVERNO DEVEM CRESCER 11% EM 2010



O Governo não vai lançar programas novos em 2010, último ano do governo Lula, embora se estime para o próximo ano crescimento de receita de 11%. Em entrevista exclusiva à Agência Brasil e à TV Brasil, o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, disse que não é mais hora de  fazer isso. Para ele, não há  risco com o câmbio porque logo o real vai se depreciar, mantendo o equilíbrio cambial, nem do fantasma da inflação.

Ele considerou positiva a decisão do Senado de permitir o aumento de gastos de pessoal nos próximos dez anos até 2,5% acima da inflação, a cada dez anos, porque estabeleceu não um teto de salário, mas um teto para o crescimento da despesa. Bernardo disse que Banco Central tem feito seu papel de “bater de chicote na inflação para que ela não cresça”. E o crescimento interno, após os estímulos do governo para aquecer a economia, e uma possível elevação da inflação também não são motivo de preocupação, porque o governo tem o controle da situação.

Segundo o ministro, os juros são os mais baixos da história e, até o final do ano, a expectativa do governo é que as taxas de juros reais (descontada a inflação) fiquem entre 2,5% e 3%. Ele admitiu, porém, que o governo tem problemas para que as taxas fiquem abaixo desse patamar por causa da poupança, por exemplo, que garante rendimentos de 6% ao ano para os investidores.

Bernardo criticou o Tribunal de Contas da União (TCU), afirmando que o órgão, em muitas ocasiões acaba extrapolando suas funções e impedindo o governo de governar. “Órgão de controle não é polícia, órgão de controle não é o governo eleito. O órgão de controle tem que controlar a boa qualidade do gasto. Não tem que dizer para o governo fazer isso ou aquilo".(ABr)

sábado, 12 de dezembro de 2009

FUNCIONALISMO ESTADUAL RECEBE 13º


O Governo do Paraná depositou neste fim-de-semana o 13º salário dos servidores públicos dos órgãos da administração direta e autárquica do Poder Executivo estadual. Entre funcionários da ativa e aposentados e pensionistas, são 263 mil trabalhadores a receberem o salário adicional. A folha de pagamento do 13º do funcionalismo soma aproximadamente R$ 600 milhões. Esse montante corresponde a 13,5% dos R$ 4,47 bilhões que entrarão na economia, também por conta do 13° pago aos trabalhadores em todo o Estado, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

MUNICÍPIOS PARANAENSES TERÃO R$ 100 MILHÕES A FUNDO PERDIDO PARA ASFALTAR RUAS


O governador Roberto Requião anunciou aos prefeitos reunidos em Foz do Iguaçu que o Governo vai investir R$ 100 milhões no asfaltamento de ruas e estradas dos municípios paranaenses. O dinheiro será a fundo perdido. As Prefeituras beneficiadas não precisam pagar pelos serviços. Os prefeitos estão participando do Programa de Estudos Avançados para Líderes Públicos, que termina hoje em Foz do Iguaçu.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

REQUIÃO LIBERA R$ 36 MILHÕES PARA LONDRINA


O governador Roberto Requião, que esteve hoje em Londrina, liberou R$ 36 milhões para a Prefeitura executar várias obras, inclusive um viaduto no cruzamento das avenidas Higienópolis e JK. O prefeito Barbosa Neto, por sua vez, encaminhou projeto à Câmara de Vereadores pedindo autorização para receber os recursos. Requião veio proferir palestra sobre a área pública no Seminário Internacional Londrina 75 Anos. Parte dos recursos será utilizada no asfaltamento de estradas rurais.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

PREFEITURAS PARANAENSES PEDEM DINHEIRO AO GOVERNO PARA 13º DOS PROFESSORES


O  prefeito de Castro, Moacyr Elias Fadel Junior, presidente da AMP (Associação dos Municípios do Paraná) reuniu-se hoje (dia 25), em Brasília, com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para pedir que o Governo Federal edite uma Medida Provisória liberando R$ 400 milhões para a formação de um fundo emergencial destinado ao custeio da Educação nos municípios brasileiros. Bernardo disse que vai estudar o pedido. A idéia é que estes recursos sejam liberados ainda em dezembro, ajudando os prefeitos a pagarem os salários e o 13º salário dos professores da rede municipal de ensino. Segundo a AMP 70% das Prefeituras estão sem recursos para pagamento do salário extra.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

GOVERNO ANTECIPA PAGAMENTO DO 13º PARA 11 DE DEZEMBRO


A secretária da Administração e da Previdência, Maria Marta Lunardon, anunciou, na reunião desta terça-feira (24) da Escola de Governo, que o 13.º salário do funcionalismo será pago em 11 de dezembro. Pelo sétimo ano consecutivo, o Governo do Paraná faz o pagamento integral antecipado do benefício. Receberão o pagamento 263 mil servidores, entre pessoal da ativa, aposentados e pensionistas, da administração direta e autárquica do Poder Executivo. Desse total, 180 mil são servidores da ativa e 83 mil, aposentados e pensionistas.

A folha do 13.° do funcionalismo representará injeção de R$ 600 milhões na economia do Paraná. Esse montante equivale a 13,5% dos R$ 4,47 bilhões que entrarão na economia, também por conta do 13.° pago aos trabalhadores em todo o Estado, calculados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Ao anunciar a data de pagamento, a secretária destacou o trabalho desenvolvido ao longo do ano pela equipe da Secretaria da Fazenda. “Um esforço que garantiu, mensalmente, o provisionamento do 13.º para este final do ano.”

ANTECIPAÇÃO – A secretária informou ainda que o Banco do Brasil comunicou que os servidores que recebem por meio de conta na instituição e que tinham feito operação de antecipação do 13.° não terão essa antecipação cobrada no dia 11. “O resgate será feito pelo Banco do Brasil apenas no pagamento do salário de dezembro, que será depositado no dia 29 de dezembro.”

sábado, 21 de novembro de 2009

FERRUGEM DA SOJA ATINGE LAVOURAS COMERCIAIS DO PARANÁ, GOIÁS E MATO GROSSO



A ferrugem asiática da soja acaba de ser identificada em lavouras comerciais de Aral Moreira (MS), Rio Verde (GO) e Cascavel (PR). Os três novos focos da doença foram cadastrados pela Fundação MS, Universidade de Rio Verde (Fesurv) e Coodetec, membros do Consórcio Antiferrugem. A partir de agora, são 22 os focos da doença na safra 2009/2010, sendo 4 em lavouras comerciais e 18 relacionados à soja voluntária ou irrigada.

Ao contrário das duas últimas safras, em 2009, não houve atraso na semeadura da soja. As lavouras cultivadas em meados de setembro já estão entrando em fase reprodutiva da planta (após floração). “A partir dessa fase, aumenta a probabilidade de ocorrência da doença, por isso há a necessidade de monitoramento constante destas aéreas. O produtor deve estar atento para fazer o controle químico da doença no momento correto, evitando prejuízos econômicos e a disseminação da doença”, enfatiza a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja.

De acordo com a Fundação MS, esta é a terceira safra em que a ferrugem aparece primeiro em Aral Moreira (MS) município onde tradicionalmente ocorre o início da semeadura da soja no Estado (a partir de primeiro de outubro). Atualmente, cerca de 10% das lavouras estão em fase reprodutiva (R1 a R3). “É uma região bastante próxima ao Paraguai, provável fonte de disseminação do inóculo da ferrugem para o Mato Grosso do Sul. Além disso, tem maior altitude em comparação com outras partes do Estado e consequentemente as noites contam com temperaturas mais amenas, favoráveis ao desenvolvimento da ferrugem”, explica Ricardo Barros, agrônomo da Fundação MS.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

PR, SC, RS E MS VÃO RECEBER R$ 1 BILHÃO DO BRDE PARA INVESTIR NA AGRICULTURA


O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) vai buscar junto ao BNDES recursos de R$ 1 bilhão para que os quatro estados que compõem o Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) invistam no aumento da produção de grãos. O projeto foi discutido, ontem, em Campo Grande (MS) pelos governadores Roberto Requião (Paraná), André Puccinelli (Mato Grosso do Sul), Ieda Crusius (Rio Grande do Sul) e Luiz Henrique da Silveira (Santa Catarina) durante encontro em Campo Grande (MS).

A meta conjunta dos estados é alcançar na safra 2010/2011 a produção total de 75 milhões toneladas de grãos, incremento de 10% na safra atual, que gira em torno de 67 milhões de toneladas. Juntos, eles são responsáveis por 45% da produção nacional. Para atingir o objetivo, o Codesul se comprometeu a colocar as suas instituições para reforçar o aumento da safra 2010/2011, dando continuidade ao programa de incremento da pecuária, da agroindustrialização, da diversificação produtiva e do cooperativismo. 
 

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

SERRA DIZ QUE PAÍS NÃO PODE TER SISTEMA ELÉTRICO SENSÍVEL A RAIO E VENTANIA


O governador de São Paulo, José Serra, disse hoje que o Governo Federal precisa explicar as causas do blecaute ocorrido em 18 estados brasileiros na última terça-feira (10). “Não podemos ter um sistema elétrico sensível a raio e a ventania. Para mim, o governo precisa dar explicações melhores”, disse Serra, após receber o presidente de Israel, Shimon Peres. Peres esteve hoje (12) no Palácio Bandeirantes para um almoço com o governador José Serra e não falou com a imprensa. Serra disse que foi um encontro agradável e que Peres está preocupado em encontrar uma solução pacífica para os problemas do Oriente Médio. (AISP)

sábado, 22 de agosto de 2009

REQUIÃO QUER FRENTE DE ESQUERDA PARA SUCESSÃO DE LULA EM 2010


O governador Roberto Requião defendeu a união de partidos e políticos nacionalistas e de esquerda em torno de um programa de governo que mantenha e aprofunde os avanços obtidos nos dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Não (é hora de) falar em nomes de candidatos, mas num programa”, disse Requião ao jornalista Carlos Chagas, em entrevista ao programa Falando Francamente, exibido na sexta-feira, 21/8, pela TV Paraná Educativa.

“Que nota daríamos para o presidente? Seis ou sete, em relação ao que eu esperava que ele fizesse, mas, se comparado aos antecessores, ganha dez. Lula foi um avanço para o Brasil”, argumentou Requião. “A elaboração de um programa para o Brasil é muito mais importante do que buscar espaços pessoais. o Brasil é muito mais importante que nossas aventuras pessoais na política.”

Na entrevista, gravada em Brasília, o governador também analisou o papel do PMDB na política brasileira — “ele se tornou partido congressual, uma federação de divergências” — e a crise no Senado. “Os responsáveis são os 81 senadores. Sarney não é o único responsável pelos absurdos do Senado, que também se encontram na Câmara, em cada Assembleia Legislativa, em cada Câmara de Vereadores do Brasil. Mas você já reparou que ninguém fala da Câmara dos Deputados?”, questionou Requião.

O governador também fez um balanço da situação do Paraná e falou sobre a sucessão no Estado.

Leia os principais trechos da entrevista.

O GOVERNO LULA

Que nota daríamos para o presidente? Seis ou sete, em relação ao que eu esperava que ele fizesse, mas, se comparado aos antecessores, ganha dez. Lula foi um avanço para o Brasil. A eleição de um trabalhador, metalúrgico, um homem que veio do Nordeste, do campo, foi sindicalista, e que tomou muitas medidas diferentes do dependentismo de Fernando Henrique Cardoso. Que não me venham com conversa mole. O governo do presidente Lula foi um avanço, ainda que não o que eu gostaria.

Gosto muito do Lula. Ele tinha, e ainda tem, a característica gramsciana de intelectual das classes populares, de intelectual orgânico, não um acadêmico, mas que entende o que o povo sente e formula em favor dos interesses da população. Lula parou um pouco com isso quando assumiu a condição de negociador das classes populares, negociando com o capital. Acho que ele deveria ter jogado mais forte com o capital, em favor do interesse nacional.

ECONOMIA

Henrique Meirelles no BC foi o acordo da viabilidade do governo. Convenceram Lula de que ele não governaria de outra forma, e Lula acha que fez o melhor. Fez bem, o País melhorou. Conversava outro dia com um amigo querido, Celso Bandeira de Mello, que me dizia – mudei completamente de opinião. Acho Lula fantástico. Veja os dados do poder aquisitivo das classes C, D e E. Os pobres estão comendo, têm emprego, seus filhos estão na escola. Isso é muito bom. Ontem, o presidente me dizia que estava espantado com elogios de Bandeira de Mello. Mas os banqueiros também cresceram. Lula fez seu papel como negociador das classes populares, mas o capital continuou comandando a economia. Ainda assim, crescemos de forma positiva. Não adianta crescer o PIB se o povo não tem o que comer.

O Senado hoje discute se Sarney poderia ter arrumado emprego de R$ 2,7 mil para o namorado da neta. Mas deveria estar discutindo os lucros dos bancos. No primeiro momento da crise, Lula corretamente flexibilizou os depósitos compulsórios dos bancos, para que o dinheiro lubrificasse a economia, o crédito, que é o oxigênio do capitalismo. O que bancos fizeram? Basearam-se no acordo da Basiléia, se preocuparam consigo mesmos, e não colocaram um tostão no mercado. Aplicaram, sim, em títulos do Tesouro. Isso mostra que eles não estão mais inseridos num projeto nacional. Foram lucros assim, o congelamento por dez anos dos salários dos trabalhadores, o subprime, os títulos derivativos, que quebraram economia dos EUA. Quando os trabalhadores não puderam mais pagar os financiamentos, a economia implodiu. E aqui vejo o Meirelles e o BC interessados em manter a saúde financeira dos bancos.


A CANDIDATURA DILMA ROUSSEF

Não preciso ser cooptado para (a candidatura da ministra da Casa Civil, Dimla Roussef) nas eleições presidenciais. Gostaria muito que nacionalistas e a esquerda se unissem em programa de governo que avançasse um pouco mais que o governo do presidente Lula. Gostaria de não falar em nomes de candidatos, mas num programa. Candidatura de Dilma deveria significar um programa claro para o País, que contemple os descontentamentos de Marina Silva sobre o meio ambiente, que sublinhasse o bonito programa de Lula para a América Latina, a maneira com trata os índios da Bolívia, o Paraguai, a Colômbia, a Venezuela. A política externa brasileira é magnífica, não é uma política de confronto, não tem vezo imperialista, é uma política externa de solidariedade. Precisamos da unidade da América do Sul até para construir um Mercado de verdade.

Ciro Gomes, por exemplo, deu uma bela entrevista a este programa, respondendo com precisão, e diz que também é candidato. Ora, Ciro, que bom. Mas não seria melhor, Ciro, que você ajudasse na formulação de um programa de governo que elegesse um presidente da República que avançasse em relação ao governo Lula? E não precisa necessariamente ser Ciro Gomes, o presidente. Poderia ser Dilma, por exemplo. A elaboração de um programa para o Brasil é muito mais importante do que buscar espaços pessoais. Hoje, espaço há, até para mim, no PMDB, onde já perdi duas convenções. Mas o Brasil é muito mais importante que nossas aventuras pessoais na política. Sou governador do Paraná pela terceira vez, fui senador, prefeito de Curitiba, deputado estadual. Hoje, sou menos político que administrador público, e penso mais no País que numa aventura pessoal.

Dilma tem uma bela história, na esquerda, de militância durante os anos mais duros da história do Brasil. Ela vai sob o guarda-chuva do prestígio do presidente Lula. Se acrescentar a isso, ao Bolsa-Família, à melhoria da vida dos mais pobres, um bom programa de governo, sem dúvida seria uma candidata magnífica. O apoio do presidente Lula, no Nordeste, é mágico, sem a menor dúvida.


A CANDIDATURA JOSÉ SERRA

Serra não é má pessoa, é meu amigo pessoal, mas tem obsessão pelo poder, e lhe falta uma definição programática clara. De que lado está o Serra? Do lado dos banqueiros? Ele está pondo pedágio em estradas paulistas, vendeu a Nossa Caixa. Há quem diga que Serra está mais à esquerda que o Lula. Acho já que esteve, mas quando jovem, quando era presidente da UNE, militante da Ação Popular. Foi militante político, quando jovem, assim como Dilma, embora ela tenha sido mais ousada — não estou dizendo que ela estava mais certa, apenas que foi mais ousada em sua ação política. Mas, hoje, o que é o Serra? Diga-me com quem andas e te direi quem és. As coisas precisam se explicitar. E Serra quer ser presidente do Brasil para quê? Para entregar o pré-sal, ou para nacionalizar definitivamente as reservas? Para entregar o pré-sal à Petrobras, já entregue por FHC à Bolsa de Nova York? Acho que temos a oportunidade de verificar isso, agora.


O PAPEL DO PMDB

O PMDB não se constituiu num partido. Foi uma frente política, formada para se opor à ditadura. O PMDB não ousava definir seu porquê programático. Após a redemocratização, o PMDB não conseguiu se definir programaticamente, ideologicamente. O estatuto do PMDB é lindo – o partido das classes populares, das classes desligadas do grande capital. Redigido, a pedido de Ulysses Guimarães, por Carlos Lessa, com minha colaboração, pois eu era da Fundação Pedroso Horta no Paraná, e de muito mais gente. Mas ele não se consolidou, apesar do discurso. Se transformou numa federação de partidos, de divergências. E o PMDB não se reúne. O pessoal do Paraná não conhece os dirigentes de Pernambuco, Paraíba, Acre, pois não há encontros nacionais. Então, se tornou partido congressual. Há um arranjo entre parlamentares eleitos, negociando com seus votos apoio a governos e benesses para suas bases eleitorais. Mas os outros estão deixando de ser partidos, também. O que mais perto tivemos disso foi o PT, mas que hoje está estraçalhado.


A SITUAÇÃO DO PARANÁ

Quando aumenta o poder aquisitivo do pobre, aumentam as vendas do comércio, aumenta a produção das pequenas e médias empresas. Ao contrário do que sonhava FHC, que dizia exportar ou morrer, queria exportar commodities, o Brasil criou um número muito grande de pequenas e médias empresas, que sustentam nossa economia. No Paraná, apostei tudo nisso. Temos centenas de milhares de novas empresas. Zerei o imposto das micro-empresas, baixei o imposto das pequenas empresas para 2%, em média, baixei o imposto de 95 mil itens de consumo-salário, melhorando indiretamente o poder aquisitivo dos mais pobres. O piso salarial regional do Paraná é o melhor do Brasil. Damos energia de graça aos mais pobres, cobramos R$ 5 por água e esgoto de uma família pobre de quatro pessoas. Isso é economia para a saúde. O Porto de Paranaguá é hoje o melhor do País, com a tarifa mais baixa do País. Hoje, temos R$ 500 milhões em caixa, estamos comprando uma draga. E acho que o Porto tem que investir mais rapidamente, pois não podemos ficar com dinheiro em caixa quando precisamos de investimento, de mobilização da economia.


Mas crise, no Paraná, existe, sim. O orçamento para 2009 era de R$ 23,5 bilhões, um belo orçamento, 11% superior à arrecadação de 2008, uma das melhores da história. Com todas essas medidas, crescemos 8,5% em arrecadação em relação ao ano passado. Se descontarmos 3% de inflação, crescemos 5,5% em arrecadação. Mas o corte acumulado nas transferências federais é de R$ 676 milhões. Lula baixou IPI dos automóveis para segurar empregos dos metalúrgicos no ABC paulista, e o IPI é a peça de resistência do Fundo de Participação dos Estados e Municípios. Isso me incomoda, mas, veja. Enquanto os Detrans de todo o País dão prejuízo, são instrumentos de corrupção, no Paraná o Detran já repassou R$ 700 milhões para a manutenção de estradas.


A SUCESSÃO NO PARANÁ

Tenho candidato à minha sucessão, meu partido deve lançar em convenção meu vice-governador, Orlando Pessuti, o que nos daria a garantia de que todos os programas sociais e populares que implantamos irão continuar. Paraná é o maior gerador de empregos, disparado, em números proporcionais, é o estado em que mais se abriram empresas, investiu de forma maciça em saúde pública – estamos inaugurando 40 grandes hospitais e 300 clínicas da Mulher e da Criança, para reduzir a mortalidade infantil. Espero que o Paraná eleja meu candidato, porque eu e o presidente, esperamos que essa eleição seja plebiscitária. Ou seja – vai chegar o momento de dizermos o que fizemos, que temos candidato que vai fazer isso e mais, num programa de govenro muito claro, e os eleitores escolhem.


VIOLÊNCIA URBANA

É fruto do desemprego, da pobreza, da falta de esperança. O Corão, livro sagrado dos muçulmanos, lista um único grande pecado – o pecado contra a esperança do povo. Um jovem que não tem nenhuma perspectiva de sobrevivência pelo trabalho, que não teve a chance de frequentar uma boa escola, é facilmente cooptado pelas quadrilhas de narcotráfico, que fazem suas vítimas. E 80% dos mortos são rapazes e moças de pouca idade. Como vamos acabar com o tráfico de drogas quando se compra um quilo de cocaína por mil dólares na Bolívia e vende-se por 100 mil dólares em Nova York? No Paraná, a violência aumentou de forma brutal. E dizem que precisamos de mais policiais. Bobagem, porque muitos mais policiais significam policiais mal-pagos, porque o dinheiro do Estado não estica. E, aí, temos um policial suscetível a ser incorporado pela criminalidade, com um revólver legal na cinta. A violência se combate com inteligência policial, prisões. Não com excesso de polícia, com violência policial, com Exército em favelas – o que é uma estupidez absoluta. No Paraná, construímos 12 novas prisões, todas têm bibliotecas, psicólogos, trabalho. Apostamos na recuperação do preso.


O CASO SARNEY

(Ao apoiar a permanência do presidente do Senado, José Sarney, no cargo) Lula tratou da governabilidade. Mas por que dizemos que Sarney era o culpado pela lambança? Todos são culpados, inclusive alguns por omissão. Os responsáveis são os 81 senadores. Temos que evoluir, criar um novo modelo legislativo, transparente, aberto. Você acha que um político do Nordeste se elege sem uma dose de clientelismo? No Sul, embora seja menor, ele também existe. Agora, o que precisamos é acabar com o moralismo de oportunidade da imprensa. Eles só mexem nas coisas quando seus interesses ou de seus patrocinadores são atacados. O que havia no Senado era conhecido há décadas.

A imprensa reserva as informações, e só as revela quando lhe convém. A casa do Agaciel (Maia, ex-diretor geral do Senado) nós conhecíamos há 30 anos. Os cargos existem desde sempre. Mas, agora, focam tudo no Sarney. Ele é um político com grandes defeitos, que são a dura e crua realidade da política brasileira, como eu também os tenho. Mas ele, como presidente, reatou relações com Cuba, convocou a Constituinte. Tem qualidades raras, fez a transição para a democracia, não cedeu ao capital estrangeiro, decretou moratória, não vendeu empresas públicas. Menino, ainda, li um livro de (Jean Paul) Sarte, “As mãos sujas”. Se você não coloca a mão na sujeira, não muda o mundo. Não é preciso se corromper, mas, se não conviver com o processo, não altera nada na sociedade. O fuzilamento, a crucificação de Sarney, não tem cabimento. Defeitos, é claro que ele tem. Tem que haver a crítica, elas são boas até para o Sarney. Mas ele não é o único responsável pelos absurdos do Senado, que também se encontram na Câmara, em cada Assembleia Legislativa, em cada Câmara de Vereadores do Brasil. Mas você já reparou que ninguém fala da Câmara dos Deputados?


A imprensa manipula a opinião pública. Já fui vítima. Já vi a revista Veja, quando eu estava na CPI dos Precatórios, tentar dizer que eu mandava dinheiro para o exterior, para desacreditar minha denúncia. Quase perdi uma eleição no Paraná porque a Globo local colocou no ar, às vésperas da votação, a história de um investigador de polícia que fazia escutas clandestinas, tinha um estoque fabuloso de armas, como se eu fosse ligado a uma quadrilha de bandidos. Por isso, perdi 17 pontos percentuais em uma semana, segundo as pesquisas. O contraponto disso é a Televisão Educativa do Paraná. A imprensa ideal é uma coisa maravilhosa. Sou jornalista, diplomado pela Universidade Católica. Mas, hoje, a imprensa achaca, ataca governos que não pagam publicidade. Eu cortei a publicidade no Paraná. Falamos pela TV Educativa, que tentam fechar de qualquer maneira.


(Para recuperar o Senado, é preciso) botar tudo na internet, abrir ao público. A FGV já disse que é importante que o senador deva escolher seus assessores, enquanto a tese conservadora diz que os assessores têm que ser funcionários públicos concursados. Não — você é eleito com uma visão progamática, e tem que ter assessores de acordo. Há mitos, caso do nepotismo. Sarney contratou o namorado da neta. Foi manchete de tevês, jornais. Fernando Henrique nomeou o genro, David Zilberstajn, presidente da Petrobrás, para desnacionalizá-la. FHC tinha a filha como chefe de gabinete. E não estou criticando. Mas então não era crime, para a imprensa. Mas o namorado da neta do Sarney é crime. Se o Sarney não estivesse com o Lula, ninguém se importaria. Não vejo importância de que o Sarney nomeasse o namorado da neta, desde que o Senado precisasse de alguém com o perfil dele. Se é apenas um favor, a crítica cabe. Se houvesse transparência, na internet, a nomeação, não teria havido a nomeação. Quando senador, fiz um projeto de lei que permitia a nomeação de parentes, desde que no decreto de nomeação constassem as qualidades profissionais do indicado, as razões da contratação e as qualificações para o cargo. O projeto inclusive autorizava a ação do Ministério Público caso não se atendesse a esses requisitos.

CANDIDATURA AO SENADO

(A candidatura) é uma possibilidade concreta. Mas não estou pensando em mim, nesse momento. Gostaria de participar de um processo que fosse um avanço, e não um retrocesso em relação ao que Lula fez. Lula foi ótimo, mas precisamos de mais.

A POLÍTICA

Para mim, a política é um gostoso sacrifício. É a oportunidade que temos de mudar as coisas. Saio do terceiro governo do Paraná com uma satisfação enorme, embora pesem sobre mim multas que somam R$ 2 milhões, que espero derrubar na Justiça, uma vez que o juiz que me condenou foi afastado pelo Conselho Nacional da Magistratura, por corrupção. Mas minhas condenações seguem de pé. A baliza da minha política é a Carta de Puebla, a opção preferencial pelos pobres. É isso que me mobiliza.