Ao questionar os parâmetros usados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nas auditorias realizadas nas obras da Refinaria Abreu Lima, alvo de denúncias de superfaturamento, a líder do governo no Congresso, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), acabou batendo boca com o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que a acusou de querer “colocar a culpa no mordomo”.
Jereissati disse que, ao tentar desqualificar o trabalho do TCU, Ideli estaria tentando transformar o órgão fiscalizador em um “novo Francenildo”, caseiro que acusou o então ministro da Fazenda, Antônio Palocci (PT-SP) e seus assessores de quebrar seu sigilo bancário.
“Estão tentando transformar o TCU em um novo Francenildo”, disse Jereissati. “Senador, não trate dessa forma, porque estamos falando de uma coisa séria”, disse Ideli. Em seguida, Jereissati atacou: “Acho ridícula a argumentação da senhora."
Ideli defendeu que o TCU erra ao adotar a Lei 8.666 para fazer a fiscalização. Ela alega que o próprio Supremo Tribunal Federal (STF) indica a utilização de um decreto baseado na Lei 8.487. Ao ser acusada por Jereissati de querer desviar a CPI do objeto de investigação, Ideli protestou: “Se isso não puder ser tratado na CPI, a própria proposta perde sua validade”, disse a senadora.
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